segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Livro: AS CRÔNICAS DE ARTUR VOL.1 - O REI DO INVERNO




capa da 17 edição: 2010

   Pessoal, eu não morri, não fui para o País das Maravilhas e muito menos abandonei o blog...era apenas falta de tempo e um pouco de desleixo...Mas não deixarei que aconteça novamente...

   Bem, além desse libro, tenho mais 2 para resenhar e tentarei postar ainda essa semana...(quem sabe até o final da semana se tornem 3...)

   Mas chega de enrolar que o que vocês querem é a resenha, então, vamos lá...

   Título: O Rei do Inverno (Vol.1)
   Série: As Crônicas de Artur
   Autor: Bernard Cornwell
   Ano de lançamento: 1995

   Sinopse:
   O Rei Artur, ao longo de séculos, transformou-se no maior de todos os heróis da literatura e em um dos personagens míticos mais presentes no nosso imaginário. Mas depois de muitas versões de suas aventuras, sua verdadeira história perdeu-se nas brumas do tempo. Quem foi de fato o homem Artur? Onde foi seu reino? Existiram mesmo os Cavaleiros da Távola Redonda? Em que época ele viveu? Que inimigos combateu? Para que Deus enviou suas preces? Que mulheres realmente amou?
   Apaixonado desde a infância por aventuras de cavaleiro, o escritor Bernard Cornwell resolveu pesquisar a figura histórica de Artur. Baseado em descobertas arqueológicas recentes, criou a mais emocionante saga protagonizada pelo imortal personagem: As Crônicas de Artur, que se inicia neste romance, O Rei do Inverno.
   Artur, na verdade, nunca foi rei. Era, sim, o filho bastardo de Uther, que se transformou no principal líder militar britânico no século V. Após a saída dos romanos da ilha, a Britânia viveu um período conturbado, durante o qual seu povo lutou pela posse da terra de seus ancestrais contra os invasores saxões. Uma época em que os velhos deuses tribais dos Druidas resistiam ao domínio dos cristãos e procuravam recuperar o prestígio e o poder perdidos durante a ocupação romana.
   Numa terra dividida entre diferentes senhores feudais e ameaçada pela invasão dos bárbaros do oeste, Artur emerge como um guerreiro poderoso e corajoso capaz de inspirar lealdade e unir o país. Uma personalidade complexa, impelida por honra, dever e paixão, que nos é apresentada de maneira jamais vista.
   Um romance que já nasce como a melhor versão da lenda de Artur escrita em muitos anos. Uma história que vai ser recontada inúmeras vezes por bardos modernos em todos os cantos do mundo.

Minha resenha:
   Idade das Trevas. Era de Artur. A menos documentada. E por isso temos tantas dúvidas sobre Artur, Robin Hood, entre outros personagens medievais fascinantes... Quem será que foi Artur na realidade?...Apenas um mito, um personagem, ou um homem real e cheio de dúvidas e incertezas como qualquer outro?
   Narrada em primeira pessoa, não por Artur, mas por um de seus guerreiros, Derfel Cadarn, temos a história de Artur de uma forma que jamais nos foi apresentada antes...
   Admito que amo a versão fantástica e mágica de T.H. White, sem falar na deliciosa sensação de reviver a infância que o livro trás, um gosto de descobertas do mundo a nossa volta, de sentimentos puros que muitos deixam de dar valor conforme crescem...Mas também sou fascinada por ação e era medieval...E é isso que Bernard Cornwell trás, tudo conforme a realidade da época.
   Assim como o filme Rei Arthur, O Rei do Inverno desmitifica o personagem Artur e nos mostra o provável verdadeiro Artur.
   O que marca Artur é seu desejo de que todos vivessem em paz uns com os outros: cristãos, pagãos, e todos os reinos da Britania.
    A grande diferença entre a obra de T.H. White e Bernard Cornwell é a personalidade de Artur. Em O Único e Eterno Rei (de White), Artur é um jovem muito doce e muito simples, completamente puro. N'As Crônicas de Artur o personagem é mais humano, complexo, atormentado por suas dúvidas, desejos e culpas.
   Outro fator interessante foi o fato de Cornwell mostrar a Idade das Trevas de forma menos romântica, prezando o realismos dos costumes, possibilidades e tecnologias da época...Nada de cortes deslumbrantes, nada de glamour, mas a realidade do que seria viver bem, e possuir muito naqueles tempos.Isso fez com que eu me sentisse mais na realidade daquela época, me deu a sensação de sentir na pele a vida e dificuldades que eles passavam.
   O fato de Cornwell usar um mapa da Britania daquela época, dele utilizar os nomes verdadeiros dos locais naqueles tempos, de nomear seus personagens de acordo com os nomes comuns daqueles dias só colaborou ainda mais para a sensação de estar vivendo a história, de estar vendo Artur de pertinho...
  É um livro que super recomendo, para quem gosta do personagem Artur, quem gosta de histórias medievais, quem gosta de ação, guerras, e ainda uma leve pitada de romance...

Ps: Lancelot aparece já nesse livro e quem gosta do personagem pode acabar se decepcionando um pouco. Eu, particularmente, nunca gostei muito de Lancelot, ele até é legal, mas começa a se tornar maçante (opinião sobre o Lancelot de White). Mas chega de falar, quem quiser ler, leia e comente :D

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